Paris (França) – Surpreendido por Thiago Wild na estreia de Roland Garros nesta terça-feira, o russo Daniil Medvedev comentou sobre a eliminação precoce logo após a partida. Ele elogiou a atuação do brasileiro, mas ponderou que espera que o rival mantenha o nível de desempenho ao longo da temporada.
"Foi uma partida difícil. Acho que não joguei tão mal, mas ele jogou bem. A questão é que é sempre acontece o mesmo. Se ele continuar jogando assim, no final do ano estará entre os 30 melhores. Mas a última vez que eu disse algo assim sobre alguém, ele não conseguiu. Espero que ele continue jogando assim, pois, se não, ficarei desapontado. Vou me questionar 'por que hoje?' 'Por que não em dois dias?'", disse.
Além de ter que encarar um adversário com golpes pesados e muita disposição, Medvedev se sentiu incomodado com o vento na Philippe Chatrier. "Foi muito difícil com o vento. Mas é estranho, porque estava ventando desde o primeiro dia, uns seis dias atrás, na mesma direção, sempre no centro. Não me lembro disso nos anos anteriores. Não foi fácil, mas tudo bem, faz parte do jogo", explicou.
"Com essas bolas pesadas, ajustar com o vento não foi fácil. Ele estava controlando quase todos os pontos, e eu sofrendo muito, principalmente do lado contra o vento. Foi basicamente por isso que foi difícil e por que eu perdi", completou o russo.
Bastante decepcionado com o resultado, Medvedev admitiu que precisará de um tempo para assimilar a derrota. "Com certeza estou muito desapontado. Vou ficar uma semana pensando nessa partida, mas no momento não vejo nada de errado que fiz ou que poderia ter feito melhor. Isso é bom, pois é quando você pode se recuperar mais rápido para os próximos torneios”.
Por fim, o número 2 do mundo falou ainda sobre sua relação com o saibro após o fim de mais uma temporada na terra batida e a conquista de um importante título em Roma.
“Bem, não mudou, uma vez que sempre que termina fico feliz. Então estou feliz de novo. Não importa, uma vez [eliminado] nas quartas, outra nas oitavas, muitas na primeira rodada. Hoje, com o vento e quadra seca, fiquei com a boca cheia de saibro desde o terceiro game, e não gosto disso. Não sei se as pessoas gostam de comer barro, de ter barro na bolsa, no tênis, nas meias. Talvez algumas pessoas gostem. Eu não”.
“Em Roma foi inacreditável. Nunca pensei que fosse ganhar um torneio no saibro, especialmente um Masters 1000. No próximo ano estarei talvez ainda mais motivado para tentar repetir o sucesso deste ano”, finalizou.
