Paris (França) - Responsável pela eliminação do número 2 do mundo Daniil Medvedev na estreia, o paranaense Thiago Wild não se empolgou demais com a grande vitória e conquistou mais um bom triunfo em Roland Garros. Nesta quinta-feira, ele tirou o experiente argentino Guido Pella, que já foi top 20, triunfando em quatro sets, com o placar final de 6/3, 3/6, 6/4 e 6/3, em quase três horas de confronto.

Primeiro brasileiro a ir tão longe em Paris desde o cearense Thiago Monteiro em 2020, Wild tenta agora ser o primeiro a alcançar as oitavas desde o paulista Thomaz Bellucci em 2010. Para fazer isso, ele terá que superar o japonês Yoshihito Nishioka, cabeça de chave 27, que mais cedo derrubara o australiano Max Purcell de virada, com o placar final de 4/6, 6/2, 7/5 e 6/4.

A partida começou bastante aberta, com chances de quebra nos quatro primeiros games. Quebrado logo de cara, Wild não se apavorou e jogou bem os pontos importantes nos games seguintes. Ele devolveu o break na sequência, salvou uma chance de quebra no terceiro e no quarto conseguiu ficar em vantagem pela primeira vez, abrindo 4/1 logo depois. O brasileiro administrou bem o placar até o fim e fez 1 a 0.

Experiente, o canhoto argentino seguiu lutando e deu trabalho no decorrer do jogo. Pella conseguiu buscar o empate ao faturar a segunda parcial, na qual salvou break-points no terceiro e sétimo games, sofreu uma quebra no quinto, mas bateu o saque do rival paranaense no quarto e no sexto.

Wild teve pequenas derrapadas na primeira metade do terceiro set, mas se segurou firme, salvando um break-point no quinto e outro no sétimo. Depois de deixar escapar duas chances de quebra no oitavo, ele voltou a pressionar Pella no décimo, quando o argentino foi muito mal, encarou 0-40 com o serviço e acabou quebrado logo no primeiro set-point cedido.

A partida passou a ficar um pouco mais na mão do paranaense, que controlou melhor as ações na quarta parcial e não foi ameaçado uma vez sequer. Uma quebra no quarto game deixou Wild mais perto da vitória. Ele foi firme nos games seguintes de saque, confirmou ambos e fechou a partida no segundo match-point que teve.

O paranaense não abdicou de sua agressividade e foi para cima de Pella, terminando com quase 20 bolas vencedoras a mais que o argentino (45 a 26). Em contrapartida, ele também cometeu muito mais erros não forçados, com 44 contra 29 do rival. A diferença de aproveitamento de saque não foi grande (63% a 60%), mas Wild foi superior nos break-points, venceu 9 dos 12 que teve a favor e 5 dos 12 que teve contra.