Paris (França) – Classificada para as oitavas de final de Roland Garros ao bater a russa Kamilla Rakhimova em sets diretos, a bielorrussa Aryna Sabalenka utilizou a entrevista coletiva desta sexta-feira para explicar um momento de tensão ocorrido no último encontro com a imprensa, dois dias atrás. Na ocasião, ela foi questionada por uma jornalista ucraniana sobre a guerra e a jogadora se negou a responder.

Passadas 48 horas desde então, Sabalenka atendeu novamente os repórteres em Paris e deu a sua versão sobre o caso. Ela explicou que não se sentiu confortável com os questionamentos e que prefere priorizar sua saúde mental.

"Depois da minha partida falei com a mídia como faço normalmente. Eu sei que eles ainda esperam algumas respostas que são mais sobre política e não tanto sobre o meu tênis. Por muitos meses, respondi a essas perguntas em torneios e fui muito clara em relação aos meus sentimentos e pensamentos", disse a número 2 do mundo.

"Essas perguntas não me incomodam, sei que tenho que dar respostas sobre coisas que não estão relacionadas ao meu desempenho na quadra, mas na quarta-feira não me senti confortável na coletiva. Devo me sentir segura ao dar entrevistas. Para minha própria saúde mental e bem-estar, decidi sair dessa situação hoje, e o torneio me apoiou nessa decisão", completou.

Essa não é a primeira vez que Sabalenka está no centro das discussões entre atletas e jornalistas ucranianos nesta edição de Roland Garros. Na primeira rodada, Marta Kostyuk evitou cumprimentar a bielorrussa na rede após a partida e declarou publicamente que não respeita a atual vice-líder do ranking por sua falta de posicionamento em relação à guerra.