Paris (França) – Bastante exigido pelo espanhol Alejandro Davidovich Fokina na terceira rodada, o sérvio Novak Djokovic comemorou o fato de ter vencido em sets diretos. Isso porque as duas primeiras parciais foram definidas somente no tiebreak e levaram cerca de três horas, algo que deixou o número 3 do mundo bastante preocupado.
"Foi um jogo extremamente difícil por várias razões. Não me lembro quando joguei dois sets em três horas pela última vez. Talvez contra Nadal em uma de nossas partidas. Parecia que se eu perdesse um dos dois primeiros sets, o jogo duraria quatro ou cinco horas. Estou muito contente por vencer esta partida em três sets", disse um aliviado Djokovic.
Segundo ele, o duelo desta sexta-feira foi disputado sob condições muito desafiadoras para ambos os jogadores fisicamente. "Foram muitas trocas. Sacar realmente não era uma vantagem para nenhum de nós. Fomos como gato e rato a cada ponto, um tentando ser mais esperto que o outro. Corremos muito, não apenas para a esquerda e para a direita, mas para frente e para trás", analisou.
Nole frisou ainda que o jogo tinha tudo para ir, no mínimo, ao quarto set. "Talvez fosse mais justo que fosse pelo menos em quatro sets. Nós dois tivemos chances e altos e baixos. Coisas estranhas aconteceram hoje, para ser honesto. Mas isso é o tênis em um Grand Slam, jogando melhor de cinco na superfície mais lenta do esporte."
Assim como outros jogadores destacaram ao longo da semana, o sérvio também sente que as bolas do torneio estão mais lentas do que em edições anteriores, algo que tem dificuldade um pouco a definição dos pontos. "Conversei com muitos tenistas e todos nós achamos que as bolas estão mais lentas do que em outros anos, então isso torna ainda mais difícil fazer um winner. Você tem que trabalhar mais em cada ponto, prolonga a duração da partida e gasta mais energia", explicou.
Por fim, o bicampeão de Roland Garros respondeu a perguntas sobre o atendimento médico que recebeu no final do segundo por causa de um incômodo na coxa. Segundo ele, não é nada que possa atrapalhar sua campanha em Paris.
"Olha, não temos muito tempo para começar a citar as muitas lesões que tenho, e a lista é bem longa. Eu não quero sentar aqui e falar sobre essas coisas que não estão me impedindo de jogar. Eu ainda continuei jogando. Estas são as circunstâncias com as quais você, como atleta profissional, deve lidar. Aceite isso. Às vezes você precisa de ajuda do fisioterapeuta durante a partida."
"A realidade hoje é meu corpo está respondendo de maneira diferente do que alguns anos atrás. Eu tenho que me ajustar a essa nova realidade. Mas no final das contas consegui finalizar a partida. Dentro de quadra você tenta fazer o seu melhor, o possível para poder terminar o jogo e vencer. Foi o que aconteceu no final", completou.