Paris (França) - A boa apresentação na partida desta sexta-feira pela terceira rodada de Roland Garros trouxe mais confiança para Carlos Alcaraz. O número 1 do mundo foi dominante no duelo contra o canadense Denis Shapovalov e chega às oitavas de final em Paris com apenas um set perdido na primeira semana de torneio.
"Eu me senti ótimo. Acho que joguei em bom nível durante toda a partida. Espero continuar assim na próxima rodada", disse Alcaraz após a vitória por 6/1, 6/4 e 6/2. Ele destacou a reação na segunda parcial, em que perdia por 4/1 e fez cinco games seguidos. "No segundo set, eu estava um pouco em apuros. Comecei a cometer mais erros, mas tinha que estar mentalmente presente o tempo todo. Sabia que teria minhas chances de voltar para o jogo".
O jovem espanhol de 20 anos terá nas oitavas um duelo da nova geração contra o italiano Lorenzo Musetti, um ano mais velho e 18º do ranking. Musetti venceu o duelo entre eles na final de Hamburgo no ano passado, enquanto a única vitória de Alcaraz contra o italiano no circuito profissional foi no challenger de Trieste em 2020.
"É um grande desafio para mim. Ele está jogando muito bem, já venceu adversários muito difíceis e é um jogador muito talentoso. Eu o conheço muito bem. Jogamos muitas partidas quando crianças. Ele me venceu no ano passado na final de Hamburgo. Lembro que foi um jogo difícil e quero muito enfrentá-lo de novo. Tenho certeza de que será uma partida divertida para assistir também, com ótimos golpes e ralis.
Apesar da pouca idade, Alcaraz já realizou sonhos de conquistar um Grand Slam e chegar ao número 1 do ranking, mas não quer parar por aí e estabelece novos objetivos. "Realizei meus sonhos tão rápido e consegui grandes coisas em um período tão curto da minha carreira. Meu sonho agora no tênis é vencer todos os torneios que eu jogar, lutar por todos os Grand Slams. Quero desafiar os melhores jogadores e conquistar mais títulos".
Discussão sobre a bola de Roland Garros
Um assunto recorrente dessa primeira semana de Roland Garros é o uso de bolas mais pesadas nesta edição do torneio e o espanhol fez sua avaliação. "Eu sinto que pra mim é mais difícil. A bola vai mais devagar e é mais difícil bater na bola com a força que eu quero (sorrindo). Eu sou um cara que se adapta muito bem às bolas, mas sinto que todo mundo está dizendo que é difícil jogar com essas".
No entanto, ele ponderou sobre o quanto é difícil se adaptar a diferentes bolas utilizadas ao longo da temporada no circuito e pede uma maior padronização. "A cada torneio, a bola é diferente. E isso traz alguns problemas para os jogadores. Você está jogando uma semana com uma bola, e na próxima muda totalmente com uma bola totalmente diferente. Se eu pudesse mexer em uma regra, seria a de poder jogar o ano inteiro com a mesma bola".