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Sabalenka explica fotos com presidente de Belarus
06/06/2023 às 12h39

Paris (França) – Um dos principais alvos de críticas por parte da imprensa internacional e das jogadoras ucranianas, a bielorrussa Aryna Sabalenka mais uma vez precisou responder a perguntas sobre seu posicionamento quanto à guerra. Um dos assuntos abordados foi sobre as fotos em que ela aparece ao lado do presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko, um dos principais aliados do chefe de Estado russo, Vladimir Putin.

Segundo Sabalenka, as imagens foram registradas antes do início dos conflitos em fevereiro de 2022. "Jogamos muitos confrontos da Fed Cup em casa, e ele estava em nossas partidas tirando fotos conosco. Nada de ruim estava acontecendo naquela época em Belarus, na Ucrânia ou na Rússia. E eu já disse isso muitas vezes, não estou apoiando a guerra. Não quero que meu país se envolva em nenhum conflito. Vocês têm minha posição, minha resposta", afirmou a atual campeã do Australian Open.

"Eu não quero que o esporte se envolva com a política, porque sou apenas uma tenista de 25 anos. Se eu quisesse ser política não estaria aqui. Não quero me envolver em nenhuma política. Eu só quero ser tenista", suplicou. "Eu não apoio a guerra, o que significa que não apoio Lukashenko agora".

Ao término da partida desta terça-feira, a número 2 do mundo esperou pelo aperto de mão de Elina Svitolina na rede, mas foi ignorada pela adversária. Apesar disso, ela elogiou a ucraniana. "Não sei [por que esperou a saudação]. Foi apenas um instinto, como sempre faço depois de todas as minhas partidas. Acho que ela não merecia todas essas vaias. Tenho muito respeito pelo o que ela está fazendo depois de dar à luz. É impressionante", destacou.

Por fim, Sabalenka justificou sua ausência nas últimas coletivas de imprensa após desentendimento com uma jornalista ucraniana. Nas duas últimas rodadas, ela falava apenas com as equipes de comunicação da WTA e do torneio.

"Eu sempre respeito muito as entrevistas e todos vocês, e realmente me senti mal por não ter vindo aqui. Eu não conseguia dormir, como se todos aqueles sentimentos ruins estivessem na minha cabeça. Me fizeram sentir desrespeitada. Eu senti como se uma jornalista estivesse tentando colocar as palavras na minha boca. Eu não me senti confortável", relatou.

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