Paris (França) - Aposentada desde 2015, quando conquistou o título do US Open, seu único Grand Slam, a italiana Flavia Pennetta analisou o atual circuito da WTA em entrevista ao Sportklub, na qual criticou a falta de variação no estilo de jogo das tenistas e também comentou sobre a tensão entre as jogadoras por causa da invasão russa ao território ucraniano, que tem deixado os nervos aflorados.
“A primeira coisa que chama a atenção é como as tenistas estão fisicamente fortes, verdadeiras atletas. No entanto, parece-me que não há variedade e que muitas tenistas jogam de forma idêntica. Não existem muitas como Agnieszka Radwanska ou Roberta Vinci, por exemplo, que tinham muita técnica. Agora tudo é mais na força”, observou a italiana.
Questionada sobre as amizades na WTA e a atmosfera no vestiário em sua épica, ela garantiu que vivia em um bom ambiente. “Sinceramente, não tenho más recordações. Sim, havia algumas jogadoras que andavam com a cabeça nas nuvens, mas quando você se aproximava delas para saber se estava tudo bem, elas ao menos respondiam com o ‘alô’ ou algo do gênero”, falou Pennetta.
Já ao avaliar a tensão entre ucranianas e russas e bielorrussas, ela adota tom conciliatório. “Acho que o esporte deve refletir a unidade, não fazer parte da política. Acho que um aperto de mão também pode ajudar nisso e enviar uma boa mensagem a todos. Porém, não podemos saber o que as pessoas sentem, como estão suas famílias, se está tudo bem. É uma situação difícil”, opinou.