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Bia: 'Trabalhamos muito e temos que nos orgulhar'
08/06/2023 às 19h05

Semifinalista em Paris, Bia fez o melhor resultado da carreira em Grand Slam

Foto: Philippe Montigny/FFT

Paris (França) - A histórica campanha até a semifinal de Roland Garros foi bastante comemorada por Beatriz Haddad Maia, que conseguiu seu melhor resultado em um Grand Slam e também o melhor de uma brasileira desde 1968. Após a derrota para a número 1 do mundo Iga Swiatek na semifinal desta quinta-feira em Paris, Bia avaliou sua trajetória de forma positiva e sai confiante para os próximos passos.

"Em primeiro lugar, estou feliz. Meu primeiro objetivo era ir para a terceira rodada. Antes de Roland Garros, meu melhor resultado em Grand Slam era segunda rodada. Eu e minha equipe merecemos e trabalhamos muito e precisamos nos orgulhar, porque não é fácil estar nesta fase", disse Bia após a derrota por 6/2 e 7/6 (9-7) para Swiatek. Foi o segundo duelo contra a polonesa no circuito, agora com uma vitória para cada lado.

"Acho que hoje a Iga foi, sim, foi melhor do que eu. Fiquei um pouco mais emotiva no começo. Era a minha primeira semifinal, contra a número 1 do mundo e na Philippe Chatrier com muitos brasileiros. Eu poderia ser mais disciplinada e concentrada, mas fiz o meu melhor", avaliou a paulista de 27 anos. "Tentei mudar e me esforçar até o final da partida. Tive muitas chances, mas o tênis é assim. Às vezes é o seu dia. Às vezes não é. Vou aprender muitas coisas a partir de hoje e das partidas que fiz durante esta semana".

'Iga está um degrau acima das outras', diz Bia
Diante de uma bicampeã de Roland Garros e que ainda não perdeu sets nesta edição do torneio, Bia acredita que a algoz está um degrau acima das demais adversárias. A polonesa lidera o ranking mundial há 62 semanas e garantiu sua permanência como número 1 do mundo após o torneio. Swiatek enfrentará a tcheca Karolina Muchova no próximo sábado em busca do tri em Paris e do quarto Grand Slam da carreira aos 22 anos.

"Sempre que você joga contra uma adversária de ponta, não tem nada a perder, mas também tem a pressão de que precisa ser agressiva. Acho que ela está mentalmente em outro degrau em relação às outras jogadoras. Ela e sua equipe estão sempre juntos e buscando coisas novas. Tenho muito respeito por ela. Representa muito bem o tênis dentro e fora da quadra", comentou a brasileira, que é atual 14ª do ranking e terminará o torneio na 10ª ou 11ª posição, dependendo do resultado de Muchova na final.

"A Iga se defende muito bem. Tentei jogar de forma agressiva. Acho que no começo não estava dando certo, não porque eu estava fazendo algumas escolhas. Além disso, ela estava mais calma do que eu. Eu estava tentando não pensar muito nela e faze o meu jogo. Acho que são pequenos detalhes. Quando você joga uma semifinal de um Grand Slam, não se trata apenas de tênis. Vale muito a mentalidade de como você entra na quadra".

Motivação e próximos passos

 
 
 
 
 
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Em um torneio tão especial para os brasileiros fãs de tênis, Bia se sentiu honrada de jogar nas maiores quadras de Roland Garros e também de contar com o apoio da torcida. "É um sonho jogar Roland Garros, chegar à semi e dividir grandes quadras com grandes tenistas. Me sinto muito sortuda de poder tido a chance de jogar nas minhas quadras favoritas daqui, foi uma semana incrível. Queria aproveitar para agradecer a todos que vieram me apoiar hoje, a energia foi muito boa. A atmosfera estava incrível e me deu muita motivação para continuar lutando".

Ela também a destacou o trabalho da equipe comandada pelo técnico Rafael Paciaroni, com o fisioterapeuta Paulo Cerutti e o preparador físico Rodrigo Urso. "Quando digo 'nós' é por causa da minha equipe. Acho que quando ganhamos, também ganhamos juntos. Eles sempre me apoiam, nos bons momentos e também nos mais difíceis. Acho que passamos mais tempo juntos do que minha família. Eles são muito bons profissionais e excelentes seres humanos. Aqui todo mundo estava dando 100% para estar aqui neste momento. Eles são jovens, também nunca estiveram nesta situação e têm o mesmo sonho".

Bia agora parte para a temporada de grama, com o seu calendário completo a ser definido nos próximos dias. Ano passado, ela foi campeã dos WTA 250 de Nottingham e Birmingham, além de chegar à semifinal em Eastbourne. A semifinal de Roland Garros já garantiu a defesa de todos esses pontos no ranking.

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