Paris (França) – A russa Alina Korneeva, terceira favorita, conquistou neste sábado o segundo título juvenil consecutivo de Grand Slam no ano ao derrotar a peruana Lucciana Perez Alarcon, cabeça 6, por 7/6 (7/4) e 6/3.
“Hoje foi emocionante para mim porque muitas pessoas estavam nos assistindo”, disse Korneeva. “Eu sabia que se não ganhasse o primeiro set, seria difícil para mim jogar três. O primeiro, já foi de uma hora! Eu estava tão cansada e estava tão quente hoje, então não estava me sentindo com energia suficiente fisicamente, mas me sentia com energia mentalmente. Ela estava correndo muito, e tão longe da linha de base que meu plano era fazer os drop shots. Acho que não joguei tão bem quanto queria, mas venci por causa do meu jogo mental.”
Com apenas 15 anos, ela mostra muita maturidade em seu jogo: ela pode lutar desde a linha de base, cortar os ângulos, depois defender como uma parede ou ir para a rede. Ela jura que é uma jogadora emocional, mas, ao vê-la jogar, a sua postura é outra.
“Treino muito isso com meu treinador, ir para a rede”, disse quando questionada se a variação sempre foi natural para ela. “Adoro volear, então trabalhamos muito nisso. Está melhor do que era, mas posso fazer mais. É muito interessante jogar no saibro porque os pontos são mais longos, tem drop shots e slices também.”
✨ Back-to-back Grand Slam titles ✨
Relive the highlights from Alina Korneeva's emphatic win to claim the 2023 Girls' title. #RolandGarros pic.twitter.com/ucX9sCphPr— Roland-Garros (@rolandgarros) June 10, 2023
Korneeva se tornou a primeira garota a vencer os dois primeiros títulos de Grand Slam do ano desde a búlgara Magdalena Maleeva em 1990. Ainda mais impressionante, considerando que sua primeira aparição na chave juvenil de um Slam ocorreu em Melbourne neste ano.
Korneeva, número 331 do ranking da WTA, insiste que não sente a pressão do Grand Slam. “Meu tênis é tão diferente agora, já que posso jogar dropshots e slices, e acho que é por causa dos torneios profissionais que pude disputar. As jogadoras de lá são mentalmente mais fortes”, comentou.
Korneeva, apesar da tenra idade, conquistou o maior título de sua carreira em nível profissional no ITF World Tennis Tour em março, derrotando Timea Babos no W60 em Pretória, África do Sul.
A vice-campeã Perez Alarcon é a primeira sul-americana a chegar à final de simples feminina de Roland Garros desde a colombiana Mariana Duque Marino em 2007. A última campeã sul-americana campeã é a paraguaia Rossana de los Rios em 1992. Alarcon chegou com confiança em Paris depois de vencer três torneios juvenis este ano: o J300 em Barranquilla, o J300 em Lima e o J300 em Santa Cruz.
Korneeva já tem uma meta profissional para este ano. “Meu objetivo secreto é jogar o quali do US Open”, disse. Mas aconteça o que acontecer, ela seguirá o conselho de seu pai: “Apenas aproveite seu jogo e jogue freneticamente!”
Korneeva poderia ter se tornado uma das poucas jogadoras a vencer em simples e duplas em Paris, mas ela e Sara Saito, as principais favoritas da chave de dupla feminina, foram derrotadas pela parceria americana de Clervie Ngounoue e Tyra Caterina Grant, por 6/3 e 6/2 na final deste sábado.