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Kyrgios se acha perigoso se saque funcionar
02/07/2023 às 12h16

Londres (Inglaterra) - O australiano Nick Kyrgios retorna a Wimbledon em condições muito diferentes do ano passado, quando se sentia confiante, em ritmo e ainda pôde fazer jogos preparatórios. Agora, tem apenas uma partida feita desde novembro e persiste dúvidas físicas quanto à condição do joelho operado.

"Este é o melhor torneio do mundo. Trabalhei muito para ter a possibilidade de tentar jogar, mas há alguns pontos de interrogação", explicou na entrevista oficial. "No ano passado tive a preparação mais ideal possível. Não é o mesmo este ano, embora tenha treinado com jogadores muito bons nesta semana e meu corpo está bem. Não vou criar expectativas injustas. Vou fazer tudo o que puder para jogar um bom tênis".

O vice-campeonato no ano passado foi uma certa surpresa, apesar de sua inegável adaptação à grama. Kyrgios garante que essas recordações permanecem. “Tenho muita confiança. Nunca fui o tipo de jogador que precisa de muitas partidas para disputar um Slam. Continuo servindo tão bem como sempre e ainda sou capaz de vencer muita gente na grama. Eu tenho que ir dia após dia. Tenho David Goffin na primeira rodada, é nisso que vou focar".

Ele revelou que desistir do Aberto da Austrália foi uma das coisas mais difíceis que já teve que fazer. "Senti que poderia ganhar o torneio. Desde então, tive que fazer uma cirurgia. Tem sido brutal porque todos esperam que eu seja o mesmo jogador imediatamente. Isso é muito difícil. Perdi em Stuttgart e as críticas foram enormes. É difícil ser o mesmo jogador imediatamente. Ainda assim, espero mostrar o mesmo tênis que joguei no ano passado, mas não acho que seja justo exigir isso agora”.

Kyrgios fez elogios especiais ao espanhol Carlos Alcaraz. “Não tenho visto muito tênis. Há alguns jogadores que gosto de assistir, como (Frances) Tiafoe ou Thanasi (Kokkinakis), e vi obviamente as finais de Slam e muito do Aberto da Austrália. Observar o que Alcaraz conseguiu fazer em tão pouco tempo é uma loucura. Ele tem muita disciplina e adora o esporte. É divertido de assistir. Adora envolver a torcida, que entoa seu nome".

Por fim, ele gostou muito de passar um longo tempo em casa, algo raro para um tenista profissional vindo da Austrália, e mais uma vez diz que joga tênis quase por obrigação. "Honestamente, não sinto falta do esporte. Eu estava com medo de voltar, mas é o meu trabalho".

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