Londres (Inglaterra) - Cabeça de chave número 4, p norueguês Casper Ruud foi o primeiro dos principais favoritos a se despedir de Wimbledon neste ano. Sem nunca ter escondido que não se dá bem com a grama, chegando a brincar que prefere jogar golfe a tênis no piso, ele não se arrependeu da preparação que fez para o torneio, sem disputar qualquer evento antes de pisar no All England Club.

“Por enquanto estou feliz com a forma como planejamos meu ano. Priorizo ​​as semanas no saibro. Para mim, dividir a temporada no meio depois de Roland Garros e fazer uma pequena pausa é a coisa mais sensata, focando nos torneios que prefiro jogar. Acho que vou continuar fazendo isso”, afirmou o norueguês após a eliminação diante do convidado britânico Liam Broady.

“Se você olhar que tipo de jogador ele é e que tipo de jogador eu sou, não há dúvida de que ele é um muito melhor na grama do que eu. Ele tem mais experiência, seus golpes são muito mais eficazes do que os meus nesta superfície. Ele se move melhor. Claro que em termos de classificação é uma surpresa, mas ele é um jogador de grama melhor do que eu”, observou Ruud.

Apesar do fraco desempenho na grama até então, ele espera trabalhar para no futuro conseguir resultados melhores. “Não joguei na grama até os 16 anos. É difícil, mas vou continuar tentando. Eu tenho um objetivo de carreira que é tentar fazer bonito aqui em algum momento. Este ano não aconteceu, mas vou voltar. Adoro vir aqui, é um lugar muito especial".

Fã do espanhol Rafael Nadal, o norueguês tenta se inspirar no canhoto de Mallorca para evoluir na grama. “Rafa já venceu aqui duas vezes, isso mostra o grande lutador que ele é e o quão impressionante ele é. Não significa que você não pode jogar bem aqui, mas é apenas que as bolas com topspin não são tão eficazes aqui quanto no saibro”, finalizou Ruud.