Londres (Inglaterra) - Após serem renegados no ano passado, ficando de fora da disputa de Wimbledon por causa da guerra com a Ucrânia, os russos estão brilhando no retorno à competição. São três os representantes do país entre os oito quadrifinalistas, todos eles fazendo as melhores campanhas da carreira na grama do All England Club.
Talvez o maior destaque entre eles seja Roman Safiullin, o mais inesperado dos três. Ele chegou para a disputa do torneio com apenas seis vitórias na temporada e ocupando o 92º lugar no ranking, apenas 10 abaixo da melhor marca. Mas o tenista de 25 anos resolveu surpreender a todos com uma grande campanha.
Safiullin, que nunca havia passado da segunda rodada em um Grand Slam, foi colecionando vitórias improváveis, derrotou o espanhol Roberto Bautista na estreia, depois bateu o francês Corentin Moutet, o argentino Guido Pella e nas oitavas deixou pelo caminho o canadense Denis Shapovalov. Ele agora vai desafiar o italiano Jannik Sinner.
Outro russo que alcançou as quartas, Daniil Medvedev não surpreende ninguém com a boa campanha, embora seja sua primeira vez indo tão longe em Wimbledon. Situação semelhante vive o compatriota Andrey Rublev, que também chega entre os oito melhores no All England Club pela primeira vez na carreira.
Sabalenka é a única na chave feminina
Entre as mulheres, somente uma das quadrifinalistas foi impedida de competir no torneio do ano passado, a bielorrussa Aryna Sabalenka, que vem brilhando forte na atual temporada. Atual líder na corrida para o WTA Finals, ela já foi semifinalista em Wimbledon dois anos atrás e agora segue firme buscando uma inédita final e seu segundo título de Grand Slam.
Curiosamente, a campanha de Sabalenka rumo às quartas teve três russas pelo caminho, tirando Varvara Gracheva na segunda rodada, Anna Blinkova na terceira e Ekaterina Alexandrova nas oitavas. Sua próxima adversária na competição será a norte-americana Madison Keys.
19 vitórias no feminino e 14 no masculino
Embora o número de quadrifinalistas russos/bielorrussos na chave masculina seja maior do que na chave feminina, as mulheres destes dois países acumularam mais vitórias em simples nesta edição de Wimbledon. Foram 19 triunfos até então para russas e bielorrussas contra 14 dos homens.
A diferença se explica pelo maior número de tenistas das duas nações na chave feminina. Ao todo, foram 12 as representantes da Rússia e de Belarus que entraram na disputa, ao passo que no masculino o número cai pela metade, com apenas seis representantes.