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Após vaias, WTA pede que público respeite jogadoras
10/07/2023 às 22h24

A ex-número 1 do mundo Victoria Azarenka foi vaiada pelo público na saída de quadra no último domingo

Foto: AELTC

Londres (Inglaterra) - Após uma série de casos em que jogadoras foram vaiadas pelo público por não cumprimentarem suas adversárias em Roland Garros e Wimbledon, a WTA emitiu um comunicado nesta segunda-feira explicando o teor dos protestos feitos pelas ucranianas e pediu que os torcedores sejam mais compreensivos e respeitosos com as atletas. No último domingo, a bielorrussa Victoria Azarenka saiu de quadra vaiada pelo público na Quadra Nº 1 do All England Club porque não houve um aperto de mãos com a ucraniana Elina Svitolina após a partida.

Desde o início da guerra na Ucrânia, os tenistas da Rússia e de Belarus têm disputado as competições do circuito sob bandeiras neutras e sem o uso de símbolos nacionais. No ano passado, houve até um banimento em Wimbledon, que não foi mantido para a atual temporada. Svitolina reiterou que não irá cumprimentar essas jogadoras junto à rede enquanto a guerra durar, postura que também foi adotada por outras jogadoras ucranianas.

"Após as infelizes circunstâncias e mal-entendidos na partida de ontem em Wimbledon, juntamente com outras partidas nas últimas semanas, a WTA gostaria de esclarecer sobre os apertos de mão pós-jogo: Devido à condenável guerra em curso, a WTA respeita a posição das atletas ucranianas em renunciar à tradição de apertar a mão das adversárias da Rússia e de Belarus no final das partidas, pois esta é uma decisão pessoal. Temos alguns dos melhores fãs do mundo e somos gratos por sua paixão e dedicação, e agradecemos a compreensão e respeito por nossas atletas", diz o comunicado da entidade.

No último domingo, tanto Azarenka quanto Svitolina concordaram que as vaias do público foram injustas e acreditam que o público que frequenta os torneios não está sendo devidamente informado sobre os protestos. A própria ucraniana sugeriu as entidades que comandam o tênis poderiam informar melhor os espectadores nos estádios.

"Pessoalmente, acho que as organizações do tênis devem fazer uma declaração de que não haverá aperto de mão entre jogadores russos, bielorrussos e ucranianos. Talvez isso não esteja claro para as pessoas. Algumas pessoas realmente não sabem o que está acontecendo. Então eu acho que essa é a maneira certa de fazer", sugeriu a ex-número 3 do mundo.

Já nesta segunda-feira, a vice-líder do ranking Aryna Sabalenka, que também é de Belarus, concordou com a afirmação da colega de circuito. "É uma situação muito difícil. Como disse a Elina, acho que alguém tem que avisar nas redes sociais que não vai ter aperto de mão para que as jogadoras não saiam da quadra [recebendo] com tanto ódio. Há uma razão por trás de não ter nenhum cumprimento".

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