Ao completar apenas a metade do calendário de 2023, Beatriz Haddad Maia já atinge o maior faturamento de premiações oficiais numa única temporada e, com a boa série de vitórias em Wimbledon, irá superar a casa dos US$ 4 milhões na carreira, feito que apenas outros quatro brasileiros já obtiveram até hoje.
Com as oitavas de final de simples e a segunda rodada de duplas no Grand Slam britânico, a canhota brasileira recebeu o total bruto de US$ 240 mil e com isso já soma US$ 1,7 milhão desde janeiro, superando em boa margem o faturamento do ano passado, seu primeiro de grande sucesso no circuito, quando juntou US$ 1,34 mi. Como comparação, em 2021, seu ganho total no ano atingiu apenas US$ 223 mil.
Os valores divulgados oficialmente pela Associação feminina (WTA) são brutos, ou seja, não consideram os impostos pagos na fonte pelos jogadores nos diferentes países em que competem, taxas que podem ir de 20 a 30%. Os profissionais também costumam pagar percentuais de suas premiações à equipe técnica. Ao mesmo tempo, não estão computados contratos individuais de patrocínio.
O total de Bia na carreira sobe assim para US$ 4,2 milhões, o que deve colocá-la entre as 170 profissionais com maior arrecadação na história. Os tenistas passaram a receber prêmios por cada rodada disputada nos torneios em maio de 1968, com o início da chamada Era Aberta. A recordista absoluta é Serena Williams e seus US$ 95 milhões, mais do dobro da irmã Venus, a segunda da lista, com US$ 42 mi.
Apenas quatro brasileiros conseguiram superar a casa dos US$ 5 milhões até hoje. Gustavo Kuerten recebeu oficialmente US$ 14,8 milhões, seguido por Marcelo Melo, que está em atividade e atingirá US$ 8 mi após Wimbledon. Logo atrás, vêm Bruno Soares, com US$ 7 mi, e Thomas Bellucci, com US$ 5,3 mi. Principal brasileiro do momento na ATP, Thiago Monteiro totaliza US$ 3,3 milhões.