Londres (Inglaterra) - O norte-americano Chris Eubanks, que vem fazendo uma surpreendente campanha em Wimbledon neste ano, comentou como o apoio de Coco Gauff e Naomi Osaka o ajudou a chegar lá. O tenista de 27 anos, que não figurava no top 100 no início da temporada, garantiu vaga nas quartas de final de seu primeiro Grand Slam nesta segunda-feira ao vencer em cinco sets o grego Stefanos Tsitsipas, que era o quinto favorito. Nascido em Atlanta, Eubanks havia conquistado o ATP 250 de Mallorca no dia 30 de junho.
Depois de derrotar Tsitsipas, sua nona vitória consecutiva, Eubanks observou como Gauff e Osaka, quatro vezes campeã de Grand Slam, acreditaram em suas habilidades mesmo quando ele não acreditou nelas. "Estando tão perto de Coco quanto eu... sendo bom amigo de Naomi, estou perto de jogadoras o suficiente para poder ver a maneira como elas olham para certas coisas", disse Eubanks.
“Acho que o mais importante, é um tema comum entre as duas, elas vêm dizendo há muito tempo que sentem que eu pertenço a esse nível. Por muito tempo eu questionei se eu era ou não consistente o suficiente para jogar neste nível. Eu sabia que poderia causar alguns problemas para alguns caras. Não sei se eu realmente acreditava que poderia ir jogo após jogo contra adversários de qualidade. Isso é algo que Coco tem me dito há muito tempo. Naomi diz a mesma coisa. Isso tem sido o principal para me dar confiança. 'Ei, você pode jogar nesse nível, só precisa acreditar...'"
Gauff estava com seus pais no box de Eubanks na Quadra nº 2 e Osaka, em licença maternidade em casa, vendo o jogo pela televisão. Em suas redes sociais, pode-se ver como elas estavam empolgadas com seu amigo. "Você estava tremendo tanto no final que fiquei com medo", disse Osaka brincando na legenda de seu vídeo do match point.
Eubanks, que jogou tênis universitário na Georgia Tech University antes de se tornar profissional, definiu a ambição de Gauff e Osaka de contagiante". "Quando estou perto delas, ouvindo-as falar de suas crenças, isso incomoda. Quando elas falam sobre seus objetivos ou o que sentem quando vão para a quadra, eu me sinto um pouco como um homem estranho porque eu fico tipo 'Vocês são mentalmente diferentes de mim. Vocês são muito mais bloqueadas dentro e confiantes quando vocês pisam na quadra.'”, comentou. “Eu acho que está lentamente começando a passar para mim quando eu coloco o pé na quadra, 'Ei, eu posso jogar neste nível, eu pertenço a este nível.' Eu só tenho que ir lá e realmente acreditar. Estar bem em dar tudo o que tenho. Qualquer que seja o resultado.”
