Washington (EUA) - Afastada do circuito desde agosto de 2021, a norte-americana Jennifer Brady retomou sua carreira semanas atrás no W100 de Gnabry, onde disputou sua primeira partida em quase dois anos, superando a estreia para depois cair na segunda rodada. A tenista de 28 anos foi diagnosticada com fascite plantar e lutou bastante para conseguir voltar a competir.
“Não conseguia andar, em algumas manhãs eu acordava e pensava que estava curada, mas então eu ia para a quadra e via que não. Não era apenas fascite plantar, era como pisar em um porco-espinho a cada passo, e eu ficava tão sensível que tinha que tirar o sapato e a meia porque meu pé ficava muito quente. Parecia que alguém estava acendendo um fósforo na minha pele.”, contou Brady para o New York Times.
O desafio para ela foi aprender a se conter. “É quase como se eu não confiasse em mim mesma. Percebi que é mais sobre se manter saudável e treinar de forma mais inteligente do que mais da forma difícil. Eu realmente quero ter a chance de competir novamente e ver o que acontece”, afirmou a norte-americana.
Vice-campeã do Australian Open em 2021, Brady acredita que o circuito da WTA esteja bastante aberto no momento. “No circuito feminino agora, parece que qualquer uma pode ganhar um torneio de Grand Slam, me parece que há muitas oportunidades”, afirmou a atual 1055ª colocada no ranking, que já foi a número 13 do mundo dois anos atrás.
Além de lembrar da dureza que foi superar o problema no pé, ela também rememorou como se sentiu após a derrota na final em Melbourne, “Quando perdi a final (para Naomi Osaka), fechei as cortinas, fiquei no escuro e assisti Netflix por três dias seguidos”, revelou Brady, que disputará o WTA 250 de Washington na próxima semana, estreando contra a ucraniana Anhelina Kalinina.