Miami (EUA) - A norte-americana Danielle Collins terá que fazer uma pausa na carreira para tratar de um problema de saúde. A jogadora de 27 anos e 40ª do ranking foi diagnosticada com endometriose e vai passar por uma cirurgia na próxima semana. Com isso, ela já antecipou que não poderá disputar os dois torneios que a cidade de Charleston recebe nas próximas semanas, um WTA 500 e um WTA 250.
A endometriose é uma reação inflamatória que acontece quando algumas células do endométrio, camada interna do útero, se alojam fora da cavidade uterina, mas sim em locais como os ovários ou a cavidade abdominal da mulher. Entre os principais sintomas estão as cólicas agudas, que chegavam a impedi-la de ter uma rotina de ter uma rotina normal de treinamento. A doença também dificulta a possibilidade de engravidar.
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Collins comenta que o problema afeta seu desempenho em quadra, mas também tem a preocupação de poder construir uma família no futuro. Por isso optou pela cirurgia. "Olá a todos, queria dar uma atualização rápida. Vou fazer uma cirurgia na próxima segunda-feira para endometriose. Este é um problema constante há algum tempo. Infelizmente, isso tem afetado minha vida cotidiana de uma maneira que tem causado muita agonia física e está afetando negativamente minha capacidade de desempenho consistente", escreveu a tenista, em seu perfil no Instagram.
"Fora da quadra, constituir família é um dos meus maiores objetivos. Esta operação é importante por vários motivos. Estou muito desapontada por me retirar do torneio de Charleston na semana que vem, que é um dos meus eventos favoritos para competir. Então, espero estar mais saudável e voltar mais forte do que nunca", acrescenta a norte-americana que caiu ainda na segunda rodada em Miami.
Tenista também já conviveu com artrite reumatoide
Este não é o primeiro problema de saúde que atrapalha a carreira de Collins. Em outubro de 2019, a norte-americana foi diagnosticada com artrite reumatoide, doença crônica que causa dores e inchaço nas articulações do corpo. O problema é chamado de autoimune, porque ataca os anticorpos e prejudica o sistema imunológico, fazendo com que a atleta tenha uma perda de rendimento físico.
Vinda do circuito universitário norte-americano, Collins ainda não conquistou títulos de WTA em sua carreira profissional. No entanto, a norte-americana já teve resultados expressivos em torneios importantes, como a semifinal do Australian Open de 2019 e as quartas de final de Roland Garros no ano passado. O melhor ranking de sua carreira foi o 23º lugar. Este ano, Collins já venceu a número 1 do mundo Ashleigh Barty em Adelaide. Ela deve voltar ao circuito durante a temporada de saibro, inscrita para os torneios de Istambul, Stuttgart, Madri e Roma antes de atuar em Roland Garros.