O duelo entre Garbiñe Muguruza e Paula Badosa na semifinal do WTA Finals garante que o tênis espanhol volte a ter uma representante na decisão depois de 28 anos. Esta é a primeira vez que o país tem duas representantes entre as semifinalistas, o que aumenta as chances de um título inédito para a Espanha na 50ª edição do evento. Quem chegou mais perto foi Arantxa Sánchez-Vicario, vice-campeã em 1993, quando foi superada pela alemã Steffi Graf na decisão.
"Isso é incrível! Eu não conhecia toda essa história. Foi justamente no ano que eu nasci, em 1993, que é incrível!", disse Muguruza, após a vitória sobre Anett Kontaveit no último jogo da fase de grupos. "Restam apenas quatro jogadoras no torneio e duas são espanholas. Quer dizer, isso só mostra que temos um ótimo nível de tênis e uma ótima escola. Vai ser uma partida divertida e será histórico. Espero que a torcida compareça e quem jogar melhor vai chegar à final".
Muguruza, de 28 anos, faz sua quarta participação no Finals e repete a semifinal alcançada em 2015. A ex-número 1 do mundo é a atual quinta colocada. Já Badosa, que completou 24 anos na última segunda-feira, disputa o torneio pela primeira vez. O confronto entre elas é inédito no circuito. "Estou muito feliz por ela. Ela começou o ano obviamente mais para trás. Ela chegou ao topo jogando um tênis incrível, ganhando Indian Wells. Compartilhamos momentos muito divertidos nas Olimpíadas e conversamos um pouco. Passamos a nos conhecer um pouco mais", explicou a vencedora de dois Grand Slam.
+ Muguruza avança e terá um duelo espanhol na semi
+ Badosa credita boa fase à melhor preparação mental
+ Para Muguruza, tênis deve olhar para América Latina
No início da temporada, Badosa ocupava apenas no 70º lugar do ranking e vive o melhor momento da carreira. Ela não esconde a admiração que tem por Muguruza. "Acho incrível ter duas jogadoras espanholas na semifinal. Pra mim já era um sonho estar aqui, então vocês podem imaginar como me sinto jogar a semifinal e contra a Garbiñe. Ela é uma jogadora que sempre admirei porque a acho fantástica e inspirou muitos espanhóis. Espero que nos próximos anos eu possa inspirar alguém, assim como ela fez comigo. Com certeza vai ser uma partida muito dura".
When you get a birthday cake and you know the right course of action is to immediately go for it! 😄🎂@paulabadosa celebrating her 24th birthday in Guadalajara. pic.twitter.com/daQifEOfDm
— Jimmie48 Photography (@JJlovesTennis) November 15, 2021
"Se você acompanhar outras jogadoras espanholas, elas jogam um tênis totalmente diferente da Garbiñe. Ela era a única jogadora super agressiva, que saca bem e é alta. Eu realmente a via como um espelho. Ela sempre foi um exemplo para mim. Quando eu era pequena, meu ídolo era a Maria Sharapova, mas na Espanha era ela que eu acompanhava. Ela foi o exemplo", explica a atual número 10 do mundo.
Badosa também falou a TenisBrasil que se tornou mais próxima de Muguruza durante os Jogos Olímpicos de Tóquio. "Para ser honesta, nós não nos conhecíamos. Eu costumava segui-la, costumava vê-la, mas de longe. A primeira vez que a gente começou a conversar e ficar mais perto foi, talvez, nas Olimpíadas. Estávamos passando mais tempo juntas e foi muito legal. Claro, é sempre bom passar tempo com jogadoras incríveis e você pode aprender muito. Então, sim, ela tem sido um exemplo para mim. E neste torneio, começamos a treinar juntos e a passar mais tempo juntas. Eu acho isso legal. É bom para o tênis e também é bom para o esporte espanhol".