Durante esta temporada, alguns jogadores como Gilles Simon, Janko Tipsarevic e Sergiy Stakhovsky trouxeram à tona a discussão sobre a premiação igual entre homens e mulheres no circuito profissional. Segundo eles, o tênis feminino teria uma popularidade menor, por isso, a distribuição do dinheiro nos eventos conjuntos deveria priorizar a ATP.
No entanto, o diretor do ATP Finals André Silva acredita que os jogadores não devem se preocupar com o tênis feminino. "A ATP tem que continuar valorizando seu próprio produto ao invés de ver o que acontece no produto das mulheres. É importante focar no que a gente precisa, e se isso significa que a WTA vai se beneficiar, não tem problema nenhum", disse Silva.
"Existem diferentes ciclos, mas o importante é focar no nosso. Essa tem sido a posição. A gente entende que as pessoas têm outras posições, mas estamos preocupados com o que a ATP pode fazer por si mesma", entende o executivo. Simon, Tipsarevic e Stakhovsky têm usado a imprensa e as mídias sociais para explicar suas visões sobre o assunto.
Paris prejudicado - Um problema que a ATP certamente abordará neste final de temporada é o enfraquecimento do Masters 1000 de Paris, que agora é disputado na semana exatamente anterior ao Finals. Roger Federer sequer entrou na chave e Novak Djokovic e Andy Murray perderam cedo. Tipsarevic reclamou de não ter tido tempo para se preparar.
"Não temos do que reclamar aqui (em Londres), os jogadores estão bem, a casa está cheia. Entendo que Paris ficou triste com o que aconteceu, mas pode ocorrer em qualquer lugar. Oito dos 10 estavam lá, o Murray teve match-point, Djokovic fez 6/0, uma bola aqui, outra ali, o torneio não teria esse impacto", afirmou Silva.
No entanto, o diretor do Finals reconhece que esse assunto deve ser retomado e discutido com os diretores de Paris para encontrar uma solução. "Acho que no final desse torneio, precisamos seguir olhando o que está acontecendo com as últimas semanas do calendário. Aconteceu, mas não podemos reagir tão rápido".
