Rio de Janeiro (RJ) - Apesar de estar se saindo muito bem nos Jogos Olímpicos do Rio, o espanhol Rafael Nadal não economizou críticas à programação diária que vendo sendo feita pela Federação Internacional de Tênis e reclamou nesta quinta-feira do aperto do calendário - que o impediu de disputar as duplas mistas - e da quadra indicada para sua partida de duplas.
"Nunca havia jogado uma partida tão importante em uma quadra tão ruim", reclamou o campeão olímpico de Pequim em entrevista ao jornal espanhol Marca, referindo-se ao fato de sua semifinal de dupla ter sido escalada para a quadra 3, que não tem estádio e apenas arquibancadas para cerca de 250 pessoas.
O aperto da programação foi causado pelo mau tempo da quarta-feira, o que obrigou a realização de diversas partidas simultâneas. Os organizadores deram preferência para os jogos de simples nos três estádios. Por isso mesmo, Rafa acha que realizar o torneio olímpico de tênis em apenas nove dias é absurdo. "Talvez fossem necessárias duas semanas ou pelo menos 12 dias". E aproveitou para cutucar também em relação aos horários: "Sendo realista, os que fazem os horários poderiam fazê-lo melhor", concluiu.
De qualquer forma, Nadal diz estar emocionado com o fato de disputar novamente uma medalha olímpica: “Perdi torneios muito importantes por causa da lesão no punho", referindo-se à desistência de Roland Garros e ausência em Wimbledon.
Outro que saiu insatisfeito foi o canadense Daniel Nestor. O veterano duplista no entanto voltou sua indignação para o árbitro de cadeira francês Joseph Emmanuel, que atuou na partida contra Nadal e Marc López. Geralmente muito reservado, Nestor dirigiu-se algumas vezes ao juiz, algumas de forma irônica.
"Tenho estado em quadra há um longo tempo e acho que nunca vi chamadas tão ruins", explicou. "O primeiro erro aconteceu no primeiro set e foi muito decisivo, porque permitiria que a gente chegasse a 4/1. Houve outra no segundo set. Não perdemos por causa disso, mas é incompreensível falhas desse nível". Campeão olímpico em 2000, há 16 anos, Nestor sonhava com outro ouro e agora terá de lutar pelo bronze ao lado de Vasek Pospisil.
