Rio de Janeiro (RJ) - Assim como aconteceu em Miami cinco meses atrás, o japonês Kei Nishikori não se rendeu ao francês Gael Monfils. Salvou três match-points quando era dominado no tiebreak do terceiro set, avançou à semifinal e se candidatou à medalha olímpica. O duríssimo placar foi de 6/7 (4-7), 6/4 e 7/6 (8-6). Em Miami, haviam sido cinco match-points.
Seu adversário deste sábado será nada menos que o atual campeão, o escocês Andy Murray. Mesmo que saia derrotado, Nishikori terá direito ainda a lutar pelo bronze no domingo contra quem perder entre Rafael Nadal e Juan Martin del Potro. Nos sete duelos que já fez contra o britânico, o atual número 7 do mundo ganhou apenas uma vez, na fase classificatória do Finals de Londres de 2014. Nesta temporada, perdeu na prmieira rodada da Copa Davis.
Como bem indica o placar, o jogo foi extremamente equilibrado do começo ao fim, com os tenistas dividindo até mesmo chances. Nishikori evitou uma quebra precoce e daí em diante ficou firme no serviço. Teve três chances de fechar o set no 10º game, Monfils resistiu mas acabou jogando mal um tiebreak que viu seis quebras em 11 pontos.
Os tenistas trocaram quebras no começo do segundo set e o francês deu um susto quando caiu sobre o punho esquerdo. Mas ficou firme no saque e conseguiu quebra no 10º game jogando com muito empenho. Os serviços foram mantidos ao longo de todo o terceiro set, em que houvesse sequer um break-point. No novo tiebreak, Monfils abriu 4-0 com queda de intensidade do adversário, levou um susto com 4-3, porém marcou dois aces e foi a 6-3. Nishikori não se rendeu. Salvou os dois match-points indo à rede, contou com dupla falta do adversário no seguinte e aí colocou em jogo sua regularidade para ganhar dois ótimos pontos e a partida.
O tênis japonês só ganhou duas medalhas na história das Olimpíadas, ambas de prata e obtidas nos Jogos de 1920, na Antuérpia. O herói então foi Ichiya Kumagai, que foi à final de simples e de duplas, ao lado de Siichiro Kashio. O jejum francês de medalhas dura desde 1924 e de ouro, desde Suzanne Lenglen em 1920.
