O tênis brasileiro tem um espetacular histórico no Grand Slam norte-americano, já que conquistou quatro troféus de simples. Todos eles através da magia de Maria Esther Bueno, que venceu as edições de 1959, 1963, 1964 e 1966, quando o evento era disputado sobre as quadras de grama de Forest Hills.
Estherzinha era, sem dúvida, a rainha da grama. Naquele mesmo ano de 1959, quando explodiu para o circuito, também havia ganhado WImbledon e com isso encerrou a temporada como a melhor do mundo. Em sua primeira final em Nova York, arrasou a local Christine Turman, 6/1 e 6/4, e quase obteve o bicampeonato na temporada seguinte, superada pela parceira de duplas Darlene Hard, 6/4, 10/12 e 6/4.
Em 1963, Estherzinha conseguiu espetacular vitória final sobre Margaret Smith, por 7/5 e 6/4, e conquistou o tri num dos jogos mais rápidos da história do torneio: 6/1 e 6/0, em menos de meia hora, contra Carole Graebner. Dois anos depois, arrasou Nancy Richey, 6/3 e 6/1.
Não bastasse seu sucesso em simples, a paulistana ainda faturou quatro troféus de duplas, em 1960 e 1962 com Darlene Hard; em 66 ao lado de Richey; e em 68, que seria seu último troféu de Grand Slam, junto a Court. E ainda foi finalista em 58, com Althea Gibson, e 63, com Hard. Em duplas mistas, chegou ao vice em 58 e 60.
O tênis masculino brasileiro teve sucesso bem menor. O único semifinalista foi Ronald Barnes, em 1963, mesmo ano em que Thomaz Koch atingiu as quartas. Foi aliás a maior participação brasileira num Slam, já que nessa edição Maria Esther foi a campeã.
Na Era Profissional, Gustavo Kuerten brilhou e atingiu as quartas de final por duas vezes: em 1999, foi superado pelo francês Cédric Pioline e, em 2001, parou no russo Yevgeny Kafelnikov.
O mineiro Bruno Soares tem sido o grande destaque brasileiro dos últimos anos. Ele já conquistou três títulos de duplas, sendo um na chave masculina e dois na mistas.
A primeira conquista aconteceu em 2012, ao lado da russa Ekaterina Makarova, numa parceria feita de última hora e que surpreendeu os então cabeças 2 Mike Bryan e Lisa Raymond, depois Bob Bryan e Kim Clijsters e na decisão ganhou de Kveta Pescke e Marcin Matkowski, por emocionantes 6/7 (8-10), 6/1 e 12-10.
No ano seguinte, ao lado do austríaco Alexander Peya, Bruno foi vice de duplas masculinas. Com o parceiro contundido, perdeu a decisão para o indiano Leander Paes e o tcheco Radek Stepanek, por 6/1 e 6/3.
Em 2015, veio a segunda conquista de mistas, desta vez ao lado da indiana Sania Mirza. Em outra final de arrepiar, só fecharam a partida no sexto match-points em cima da americana Abigail Spears e do mexicano Santiago González, por 6/1, 2/6 e 11-9.
Em parceria com o escocês Jamie Murray, com quem já havia vencido no Australian Open de janeiro, Soares faturou o título de 2016, com vitória em cima dos espanhóis Pablo Carreño e Guillermo Garcia López, por 6/2 e 6/3.
Em 2018, o paranaense Thiago Wild se tornou o segundo brasileiro a conquistar um título juvenil de simples em nível Grand Slam. Sexto pré-classificado do US Open e em seu último torneio como júnior, ele derrotou o italiano Lorenzo Musetti em três sets, com parciais de 6/1, 2/6 e 6/2. Foi a 13ª taça brasileira de US Open e o 36º Grand Slam do tênis nacional.